Bastidores da TV por Flávio Ricco 27/01

Repetindo pares
Na história das novelas da Globo, os seus autores trabalharem sempre com os mesmos diretores é uma prática que vem de muito tempo. Nunca foi diferente, assim como a repetição de artistas na montagem de seus elencos. São núcleos formados, quase indestrutíveis, próximo do “quem tá fora não entra, quem tá dentro não sai”.

Quando o nome de certo autor é anunciado, já se pode imaginar quem serão o diretor e artistas escolhidos. A chance de erro é quase zero.

Agora, o que se observa, é a formação dos mesmos pares ou duplas, que deram certo em outras novelas.

Em “Caminho das Índias”, por exemplo.

Lá estão Alexandre Borges e Letícia Sabatella que atuaram juntos em “Desejo Proibido”. O mesmo se aplica a Marjorie Estiano e Caco Ciocler, ainda na lembrança de todos, em “Duas Caras”. Além de inúmeros outros.

O cenário é sempre o mesmo. Só mudam a novela e os nomes dos personagens. Resta saber se isto acontece de propósito ou é mais uma obra do acaso.

E vai rolar a festa (1)
Para o pessoal que estuda interpretação ou passa horas nas oficinas da Globo, é bom se preparar. São enormes as possibilidades de uma decepção ou revolta tão logo se divulguem oficialmente os nomes que irão aparecer na sua próxima novela das seis, “Paraíso”. Os créditos prometem.

E vai rolar a festa (2)
Além das diferentes gerações da família Barbosa no elenco de “Paraíso”, a trilha sonora não será exceção. E não podemos esquecer dos amigos chegados! Agora, se toda essa farra acontece, é porque alguém do alto comando permite.

Não pode
Aliás, um autor da Globo que pede para não ter o nome divulgado, revela que esse problema do nepotismo é antigo na emissora. Certa vez, um diretor-geral tentou colocar em uma novela quase a família inteira. Pelas contas, só ficariam de fora o cachorro e o papagaio.

Não é só
Mas a Globo não é a única a se render ao nepotismo. Basta dar uma espiada nos créditos de produções exibidas por Record e SBT. Entram mãe, mulher, filha, sobrinha, tia… Uma história sem fim.

De propósito
Só numa coisinha a Globo não é fiel em “Caminho das Índias”: o barulho das buzinas. Quem já esteve lá, sabe. É um verdadeiro festival.

Negócios
O Boticário, maior rede de franquias de cosmética e perfumaria do mundo, fechou patrocínio do “Fantástico”. Serão R$ 54 milhões pelos próximos 12 meses.

Corpo estranho
A Globo tem por hábito, no encerramento de um jornal, anunciar o próximo. Outras emissoras fazem o mesmo. A Bandeirantes não. O jornal do Boris, por exemplo, parece que não existe
Futebol
A Net está com uma promoção. Quem compra o próximo campeonato brasileiro, e paga 12 prestações de R$ 55, leva um regional de presente.

Se gritar pega…
Bem a propósito, quem viu alguma coisa do campeonato carioca no final de semana, em sua primeira rodada, constatou que o tempo passa e as coisas não mudam. Continuam os assaltos à luz do dia.

Betty (1)
Em sinopse apresentada à direção da Televisa, Gisele Joras, entre outras novidades, tentou dar um nome diferente para a protagonista de “Betty a feia”. Se os mexicanos gostaram ou não, só o tempo dirá. Mas a informação é que o trabalho não agradou inteiramente, e a autora já trabalha em modificações.

Betty (2)
O diretor da teledramaturgia da Record, Hiran Silveira, informa que os nomes apresentados na sinopse são apenas sugestões. Serão validados ou não. Na Colômbia, na versão original, a protagonista chamava Betty, e no México, Letícia, cujo apelido era Leti. Aqui, segundo ele, será encontrado um nome mais adequado à nossa realidade.

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